O médico enfatizava que a doença é conseqüência do pensamento e da ação e,
essencialmente, o efeito da luta entre a
mente e a alma. “A doença é o resultado
do conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer os ditames da
alma e há desarmonia entre o Eu Espiritual ou Superior e a personalidade
inferior, que é como nos conhecemos” .
Infelizmente, nem sempre a personalidade atende aos desejos da alma, por acreditar que
não podem ser aceitos ou realizados ou, ainda,
porque não tem condições, sequer, de reconhecer sua
existência.
Para exemplificar, apresentaremos duas
situações: na primeira, a pessoa tem forte vibração do vermelho - como desejo da alma - e do
rosa, nos talentos ( ver capítulo dois).
Ouvindo o anseio da alma, ela quer montar uma loja de departamento.
Entretanto, uma educação defeituosa,
onde não foi legitimada como indivíduo capaz e realizador, ou traumáticas
experiências na infância – a falência do negócio do pai ou da mãe, por exemplo
– geram a reação de medo, de insegurança, de
inquietude e de falta de coragem. Esses
pensamentos e sentimentos negativos, acionados pelo Gênio Contrário, bloqueiam o impulso energético da alma e anulam o
potencial de realização pessoal.
A segunda situação mostra uma pessoa com o mesmo anseio vibracional –
montar uma loja de departamento –, mas
que não consegue fazer a conexão com o desejo da alma, porquanto ela não
escuta ou não acredita no “Eu
Espiritual”. Neste caso, a personalidade
fica sem rumo e sem objetivo na vida.
Tanto no
primeiro quanto no segundo exemplos, os indivíduos ficarão frustrados e
infelizes, vulneráveis ao meio e às
ações das demais pessoas, tornando-se
susceptíveis aos mais variados sintomas físicos doentios.
A ação dos Florais de Bach
– como entendemos – consiste em abrir
os canais para que a personalidade espiritualize-se, acate e harmonize-se com o desejo da alma. No primeiro caso, o indivíduo percebe
sua atitude negativa e procura substituí-la pelas qualidades positivas da
vibração de sua alma – a coragem, o destemor, a independência, a autoridade, a
liderança e o ardor. No segundo, a personalidade procura fazer a conexão com a
alma, iniciando a mudança construtiva através da espiritualidade que harmonizará o “Eu Espiritual”, e a conduzirá
ao entendimento e cumprimento de sua
missão.
Do ponto
de vista de muitos esotéricos, algumas doenças são o veículo de sofrimento da
personalidade e servem para as almas reformarem o carma na existência atual. Acrescentam,
ainda, que, se este fato for reconhecido e aceito,
consciente ou inconscientemente, a situação se modificará. A alma reconhece o
sentido mais profundo de tudo o que acontece
e entende sua verdadeira missão -
sentirá paz, poder e segurança emanados da fonte do Amor Universal.
Aceitamos
que muitas almas venham a este mundo com o propósito de amenizar ou mesmo
eliminar carmas negativos de existências anteriores e atinjam o objetivo –
apesar de todo sofrimento – pois desde
cedo, buscam e jamais se afastam da espiritualidade. Entretanto, também
entendemos que, como as vibrações do Gênio Contrário – resquícios de outras
vidas – podem permanecer bastante fortes, algumas almas sentem-se incapazes de fazer frente a
elas; reagem com medo porque também perderam a conexão com o seu Anjo Instrutor ( ver capítulo sete ). Elas
esqueceram da lei, segundo a qual todo o desenvolvimento espiritual desencadeia
a ativação, não só de vibrações construtivas, brilhantes e positivas, mas,
também, do seu contraposto: das negativas, escuras e destrutivas. Também
esqueceram que possuem uma vibração
poderosa – ao que chamamos de Força – que as une diretamente ao
divino para ajudá-las a seguir o Caminho
escolhido e completar sua missão. Essas almas, sentindo-se desamparadas, podem desistir e deixar o corpo ainda jovem:
por suicídio ou por uma doença grave, muitas vezes, prolongada, que fatalmente
levará à morte. Ou, quando a escolha não for a desistência, alma e personalidade nutrir-se-ão de ira, de
ódio, de vingança e de atos bárbaros
– comprometendo o mundo e
afetando o Todo.
Automedicação
As flores
usadas pelo médico inglês são de uma ordem mais elevada, que encarnam certa
qualidade da alma, isto é, apresentam
determinada freqüência da energia
da alma. Assim, os Remédios Florais do
Dr. Bach atuam como catalisadores, restabelecendo o contato da personalidade
com a alma. A decisão de usá-los implica
um processo intenso de autoconhecimento. Muitas vezes, a flor que menos parece
ter alguma relação com a vibração da alma, é exatamente a necessária.
Não existem duas
personalidades iguais e tampouco existem duas situações idênticas. Todas as reações são individuais e
relacionam-se com o grau de
espiritualidade e o desejo de realizar
mudanças, assim como o desejo de buscar a perfeição. Bach enfatizava “que a mesma perturbação pode apresentar conseqüências diferentes em
diferentes pessoas. Os resultados individualizados é que precisam ser tratados,
porque são o guia para se atingir a verdadeira origem da doença...”. Ele intuiu, ainda, que cada parte do corpo, afetada pela doença,
não o é por mero acaso, “ mas está de
acordo com a lei de causa e efeito, tornando-se um guia para nos ajudar...”.O
médico argumentava: “Se você sofre de
enrijecimento de um membro ou junta, pode ficar igualmente certo de que possui
enrijecimento mental, de que está
rigidamente sustentando alguma idéia, algum princípio, algum conceito que não
deveria ter”.
“Procure
o conflito mental mais evidente no paciente – ensinava o Dr. Bach -, dê-lhe o remédio que o ajudará a superar tal falha, bem como todo o
encorajamento e esperança que puder, e deixe que a virtude curativa existente
no interior do próprio paciente faça o resto”.
Se
você tiver alguma dificuldade em escolher seu próprio remédio, siga o método que o médico empregava pergunte-se quais falhas das outras pessoas que mais lhe causam
aversão?
Bach ensinava: qualquer falha
da qual você ainda tiver algum traço e está tentando especialmente erradicar é
o que você mais odeia ver nas outras pessoas.
Mesmo que
não se consiga fazer o diagnóstico inteiramente correto da própria condição,
mal algum acarretará o Floral, já que, se a freqüência de uma flor não for a
adequada para aquele momento, a alma entenderá e não deixará que ela se incorpore
em seu sistema vibratório. Os florais
não têm contra indicação, não causam overdose ou efeitos colaterais –
podem ser receitados até para bebês.
Entretanto, em hipótese alguma, o uso do floral deve substituir a consulta
médica e o tratamento alopático. Sempre que precisar consulte o médico e o
psicólogo ou psiquiatra. Os Remédios Florais do Dr. Bach podem ser tomados
concomitante a qualquer tratamento.
Quase todas as doenças são
precedidas por um período de alteração no estado de ânimo. “Essa é a hora de tratarmos de nossos problemas, de nos reajustarmos e
impedirmos que a perturbação prossiga”, ensinava o médico. Por isso, não é necessário sentir-se fisicamente doente
para fazer uso dos Remédios Florais de Bach. Eles podem e devem ser utilizados
nos períodos em que passamos por dificuldades,
quando mais facilmente nos deixamos influenciar pelo Gênio Contrário que rege as vibrações
negativas de nossas cores pessoais. Os Florais são essenciais para restaurar a
fé e a harmonia entre a alma e a personalidade, antes que os sintomas físicos
apareçam.
Leia atentamente as características dos 38
florais e liste as essências que julgar indicadas para você. Entre elas, escolha seis, no máximo, que
podem ser colocadas em um único frasco. Tome
quatro gotas – diretamente da
pipeta, que não deve ter contato com a boca –
quatro vezes ao dia ou oito gotas pela manhã e oito gotas à noite.
Muitas vezes, uma flor, corretamente escolhida, exercerá um efeito mais
profundo do que seis essências diferentes usadas de uma só vez. Esses remédios
podem ser encontrados em farmácias de manipulação.
A CURA
“Nossa vitória sobre a
doença dependerá: primeiro, da compreensão da nossa Divindade interior e de
nosso poder conseqüente de superar tudo o que está errado; em segundo lugar, do
conhecimento de que a causa básica da doença é a desarmonia existente entre a
personalidade e a Alma; em terceiro, de nossa vontade e capacidade de descobrir
a falha que está causando tal conflito...”
Esta
afirmação, feita pelo médico inglês há mais de meio século, foi cada vez mais
compreendida pela medicina holística e os Remédios Florais de Bach tiveram
reconhecimento internacional a partir da década de 70. O enfoque holístico da doença, da cura e da
saúde baseia-se no conceito da perfeita Unidade de todas as coisas e da total
Unicidade de todo o sistema contido em seu interior. Atrás da diferenciação e
da aparente complexidade de um processo existe unidade e para percebê-la é
necessário não apenas objetividade, percepção e capacidade de captar o Todo,
mas, também, é fundamental ter fé e sentir-se parte desse Todo. Muitos médicos já observaram o poder de cura
daqueles que têm fé e os cientistas
desenvolveram estudos
relacionados ao cérebro para buscar a comprovação.
Os
Remédios Florais de Bach ajudam-nos a restabelecer o contato da personalidade
com a alma e desta com o seu propósito e missão. Eles não eliminam a doença,
mas, como ensinou o médico, “substituem a falha pela virtude oposta”
e “a cura final e completa vem de dentro,
da própria Alma, que, através de sua bondade, irradia harmonia por toda a
personalidade, quando se permite que assim seja”.
O
processo de cura acontece de forma diferente para cada indivíduo em particular.
Nas personalidades mais sensíveis, o contato da vibração da flor com a alma
torna-se aparente em poucas horas: as feições suavizam, irradiando a calma
trazida pelo alívio interior. Outras,
mais tensas e irritadiças, poderão
reagir com mudanças acentuadas no estado
de espírito.
As
pessoas abertas ao mundo não-físico bem como as espiritualizadas responderão
mais depressa ao tratamento do que as céticas. Aquelas que já apresentam
doenças crônicas, estabilizadas na psique, terão um retorno mais lento. Indivíduos com moléstias incuráveis podem
sentir a mudança energética: uma nova atitude diante da realidade, com maior
tranqüilidade e paz de espírito. Entretanto, existem aqueles que, mesmo tendo
rápida melhora, tempos depois voltam a apresentar os mesmos ou novos sintomas.
Esse fato pode acontecer porque estão “apegados”
à doença ou porque não cultivam a paciência a fim de levarem o tratamento pelo tempo apropriado o
qual pode durar de dois a vinte e quatro
meses. Entretanto, não devemos desanimar, mas levar em consideração vários
fatores: algumas pessoas, não compreendendo o desejo da alma, realmente não
querem livrar-se da doença, que pode trazer benefícios, como exercer poder
sobre os outros, despertar simpatias ou evitar responsabilidades. Outras precisam de um tempo maior para
aprender com a doença. Pensemos sobre os ensinamentos de Edward Bach: “Não estamos todos aprendendo a mesma lição ao mesmo tempo.
Um está dominando o orgulho; outro, o medo; outro o ódio e assim por diante,
mas o fator essencial para a saúde é que aprendamos a lição que nos foi destinada”.
Se você tiver dificuldade em “sentir” qual missão veio realizar,
estude novamente todas as suas vibrações e procure ouvir sua alma. Se esta missão lhe parecer difícil, busque a Força junto ao seu Anjo Instrutor, ele
também pode ajudar na escolha dos Florais. Ligue-se com ele, através do ritual e da prece
indicados no final do capítulo doze.
Vida e obra de Edward bach
Edward Bach nasceu em 24 de setembro de 1886, na Inglaterra, em uma
pequena vila chamada Moseley. Com 16 anos terminou a escola e trabalhou três
anos em uma fundição de cobre da família. Aos 17 anos começou a trabalhar
também junto à cavalaria de Worcestershire.
Amante da
natureza e dotado de grande compaixão, desde cedo sentia o desejo de ajudar, de
amparar e de curar quem quer que fosse.
Este traço fez surgir a vontade de ser médico ou pastor.
Aos 20 anos de
idade iniciou o curso de medicina. Em 1912, graduou-se médico em Londres. Lá
ficou até 1930. Graduou-se também como bacteriologista, patologista e em saúde
pública. Era um ser dotado de grande compaixão, pois todo sofrimento, seja de
que criatura fosse, despertava nele o desejo de ajudar e a vontade de amparar e
de curar.
Bach começou a
observar que algumas pessoas curavam-se com determinado remédio, mas outras
não; que cada indivíduo reagia às doenças de forma diferente. A partir daí,
percebeu que as pessoas com idênticos temperamentos reagiam melhor aos mesmos
remédios ou aos mesmos métodos de cura. Entendeu, então, que as emoções e os sentimentos eram pontos de importância
fundamental no tratamento das incapacidades físicas.
Em 1917, Bach teve um sério
problema de saúde, que o levou a uma cirurgia de emergência. Seu estado era
muito delicado e os médicos disseram-lhe que poderia ter apenas mais três meses
de vida. Após algumas semanas de repouso ele voltou ao trabalho no laboratório
– teria tempo para construir uma grande obra. O trabalho intenso e uma enorme vontade de viver foram seus “remédios”
nesses meses de recuperação. E, para surpresa de muitos, ele se curou. A experiência
confirmou-lhe que o estado mental da pessoa está diretamente relacionado (como
causa principal) à doença que afeta o corpo.
O médico passou a classificar as
pessoas pelos tipos, previamente definidos, de comportamento. Acreditava que cada
grupo-tipo identificado possuía sofrimentos comuns, que geravam as doenças e
que poderiam ser tratados por remédios naturais que modificassem seus
sofrimentos.
Bach foi bem sucedido como médico clínico, como pesquisador (seus
trabalhos científicos foram publicados em importantes revistas científicas) e
como homeopata. Sob o impulso da homeopatia, Bach passou a buscar formas mais
suaves e mais naturais de cura. Suas vacinas passaram a ser por via oral (não
mais injetável) e ele buscou, na natureza, os componentes de novos remédios.
Iniciou pelas ervas e acabou encontrando as flores.
Em 1928, descobre as três primeiras flores do sistema Bach: Impatiens, Mimulus, Clematis. Mas suas pesquisas só ganharam novo impulso
quando ele tomou uma decisão radical: ir até a natureza para lá pesquisar um
novo sistema de cura. Em 1930, com 43 anos de idade, ele abandonou tudo –
consultório, laboratório, fama, conforto – e partiu para uma vida no campo. Sua
decisão foi tão radical que queimou tudo que havia escrito. Foi inicialmente
para Gales, onde viveu modestamente em uma casa, tratando das pessoas sem
cobrar, vivendo apenas com o mínimo necessário.
Durante os anos em que viveu no campo, caminhou pela natureza,
observou-a, contemplou-a e, principalmente, sintonizando com ela a sua
intuição. Cuidou também de observar os homens, seus tipos, sofrimentos, manias,
valores, crenças e doenças. Nessa nova fase de pesquisa, seu instrumento
principal não era a ciência e sim a intuição, a disciplina e a capacidade de
observação. Foi através dessa habilidade que Bach testou em si as essências,
antes de ministrá-las a seus pacientes. Nesse período Bach escreve o livro
“Cura-te a ti mesmo”, onde revelou, de modo claro, que a
doença é uma conseqüência dos estados mentais da pessoa.
Entre agosto de 1930 e a primavera de 1931, Bach morou na vila de Cromer à
beira mar. Após, voltou para Gales, foi para Londres e mudou várias vezes. Na
realidade, ele ficou viajando pelo país a maior parte do tempo, procurando, nos
campos, as plantas que curariam os estados mentais que já havia identificado. Em
1932 havia descoberto 12 flores.
Apesar das constantes viagens, Bach não deixou de clinicar, atendendo
pacientes de vários lugares do país. Na medida em que suas pesquisas avançavam
e seu conhecimento dos estados mentais amadurecia, mais e mais exemplos da
eficiência desse modo de tratamento apareciam: observava que suas essências
agiam mesmo em pacientes cujos problemas ele não havia conseguido melhorar
quando utilizava a medicina tradicional. O êxito inicial foi importante para
mostrar que estava no caminho correto.
Em 1932, Bach escreveu dois livros: “Liberte-se” e “Os doze remédios curadores”.
Nessa fase de pesquisas, Bach decidiu que deveria começar a popularizar suas
descobertas. Escreveu artigos para o público em geral e colocou anúncios em
jornais, o que lhe rendeu problemas com
o Conselho Britânico Médico. Também o fato de Bach ter auxiliares não médicos
foi motivo para outro incidente com o Conselho, em 1936, pouco antes do seu
falecimento.
Em 1933, o médico descobriu as
outras quatro essências às quais deu o nome de “Os Quatro Auxiliares”. Como o
próprio nome indica, estas essências teriam como função auxiliar o trabalho das
outras doze essências já descobertas. Publicou o livro: “Os Doze Remédios
Curadores e os Quatro Auxiliares”.
Em 1934, criou a primeira versão do seu remédio mais famoso: Rescue – com Rock Rose, Clematis e Impatiens. Descobriu outras três essências que
somadas aos quatro auxiliares totalizaram
sete florais. Mudou-se para Sotwell, para uma casa chamada “Mount Vernon”.
Em 1935, Bach descobriu 19 novas essências, completando as 38 do seu
sistema. Foi um período de intenso
trabalho, que desgastou muito sua
energia e vitalidade, porém, seus florais já eram utilizados em muitas
cidades e até no exterior com bons resultados. Em 1936, escreve “Os doze remédios
curadores e outros remédios”, com uma descrição clara e simples das 38
essências e dos 38 estados mentais a que se destinam. Em 27 de novembro de 1936.
Bach faleceu de parada cardíaca, enquanto dormia, encerrando sua missão nessa
encarnação.
Seus colaboradores, Nora Weeks, Victor Bullen e Mary Tabor, continuariam
sua obra.
Fonte: Wikipedia
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Preciso voltar a tomar os Florais. Houve uma época em que eu fiz um tratamento e realmente me senti melhor. Mas o esquecimento, ou preguiça, sei lá, me fizeram esquecer dessas gotinhas maravilhosas!
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